Na tv do botequim hoje não dão futebol, contudo rostos pálidos peitos em móveis de mogno. Gesticulam e usam frases de outros blogs, desses lugares diferentes ao Políngano, a essa inovação pro outro extremo do tempo, na periferia de cada cidade sem vontade de prosseguir a fazê-lo.
Os bonecos da tv falam a linguagem do poder, que é o mesmo que a linguagem do dinheiro, que a linguagem de onde fabricam as leis e onde se enterram os sonhos. João Subúrbio lhes olha sem assimilar muito. Investidura, mascullan essa frase os oradores e as apresentadoras.
- Aquilez 01:Trinta e seis 24 abr 2006 (CEST)
- a 10 de março de 2008 | 17:49
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Ministérios são trocados na tela pequena como as bugigangas que os conquistadores divididos entre os índios. Não ouviu teu nome em nenhum dos discursos, nem o de cada um de seus vizinhos, que continuam a ser -assim dizem – a soberania popular. Sente que falam de um povo que não é o teu.
Já ouviu comentar aos outros como eles há bastante tempo. Mas pensava que em uma democracia, tudo ia ser diferente. Maria Donnadie consome sua pombinha sem sair da barra. Não está concentrada à esgrima lavável dos pedidos, o sorriso que aflora nas bancadas da direita, o estupor que, se a câmara virasse, podes ser visto até já nos rostos dos jornalistas parlamentares. Falam educadamente estes parlamentares e, no momento em que se zangam, parece como quando João Subúrbio lhes mangaba o bocata os rapazes bonitos do colégio público.
Nada igual que quando o Políngano próximo a tiros e ninguém faz nada, que até os caminhões de lixo deve vir de tarde em tarde protegidos por navios-patrulha da pasma. Pintadas e iluminação quebradas, novamente, os olhos de vidro de há muito, a lei do mais potente, o incentivo no recinto das prestações. Os de Jeremias, o do terceiro, respondia ela, aquele que acredita que seu inimigo é Sidy, o do quarto, e não o fundo abutre que tem a domínio de nossos apartamentos.
Pras urnas de abril levou em cadeira de rodas. Você vai acompanhar como se entendem, mas a avó, como se une a esquerda. Para eliminar o valor dos aluguéis, pra ter justo a uma morte digna, pra uma renda básica, para que a dependência não tenha mais listas de espera que a consulta dos hospitais.