Não Os Esqueceremos E Não Permaneceremos Em Silêncio

Não Os Esqueceremos E Não Permaneceremos Em Silêncio 1

Tem passado tempo, entretanto ainda não pretendo refletir nisso. Três meninas, pirralhos aproximadamente mortos. E seus pais, falecidos próximo a eles. Há prontamente dois anos em que estive a bordo de um dos barcos de salvamento de Médicos Sem Fronteiras no Mediterrâneo central.

E, desde desse jeito, o caminho para atingir a paz pessoal para o que vivemos lá vem sendo lento. À proporção que me fui reincorporando a rotina de minha existência no Canadá, as lembranças começaram a aparecer, com intensidade, do nada, demandando atenção. Como profissionais de saúde, contamos com elas pra nos conservar sãos”, no entanto no momento em que você vê que há casos em que nenhuma delas é aplicável, o

Os seus homens eram os corpos mais pequenos que recuperamos esse dia. Suas vidas eram muito curtas. Com certeza a sua estadia na Líbia teria sido marcada por privações e o susto. A viagem teve de ser temível e cansativo. Certamente, o sol castigou durante horas e a água que deveriam conduzir era escassa.

E por se fosse pouco, o combustível derramado por balsa, queimando tua pele. Me é trabalhoso sonhar em um lampejo de esperança que ele tinha de sentir quando viram o nosso barco de resgate no horizonte. Mas então, uma pessoa caiu na água, e em tal grau o barco como a psique coletiva é independente. Desencadeou-Se o pânico. A sensível embarcação começou a zozobrar. As mulheres e as moças, que viajavam no meio, e aqueles que estavam sentados sobre isso os flutuadores laterais constituiriam as primeiras vítimas. Além do mais, é improvável reconstruir a seqüência exata dos detalhes que resultaram pela morte de algumas pessoas.

  • Duzentos gr. de feijão brancas ou duzentos g de lentilhas assadas
  • Cor: qualquer cor (pode ser combinado ou uma cor inteiro) e distribuição
  • Alergias e intolerâncias
  • oferece forma (define, tonifica) seus músculos

Quando foram trazidos pro nosso barco, imediatamente sem existência, o que mais me surpreendeu foi visualizar que os garotos estavam bem alimentados. Estavam saudáveis e cheios de potencial, até que se afogaram momentos antes que chegássemos ao seu barco. Nem ao menos tiveram uma chance. E em um episódio como esta de, garanto-vos que não há expressões reconfortantes. Tenho estado sufocando a lembrança daquele dia. Raramente deixo que minha mente formar uma imagem completa de tudo aquilo. E no momento em que o faço, vejo a cena de cima: como se realmente não fora eu quem a viveu.

Tento não me aproximar além da medida. Não consigo suportar a lembrança das bolhas. Me consolo pensando que cada um que tenha trabalhado em Médicos Sem Fronteiras deve ter essas memórias fora de recinto, estas zonas proibidas na sua mente, E o direito é que, no fundo, já sabia que era hora de reverter a esta divisão de minha mente, por causa de meses mais tarde, já fora em um ônibus cheio ou em um passeio idílico, essa lembrança voltava. A lembrança a todo o momento volta parecido ao sentimento que tive naquele momento o barco: o peso da preocupação apresentava-se como uma pressão no peito que fazia com que seja dificultoso respirar. O pulso acelerado. Um espaçoso nó na garganta.